Acontece com os livros o mesmo que com os homens: Um pequeno grupo desempenha um grande papel (Voltaire)

sexta-feira, novembro 30, 2007

Parabéns, Simões


EP "História de Um Vinho Azedo" - as letras (2/6)

2 - Italian Wool
(Letra e Música de Hugo Simões)

Se um dia eu quiser,
e se um dia eu olhar p’ra trás,
quero poder dizer-te ao ouvido
acredita que o que queres ser...

Serás um homem muito importante,
gravatas coloridas e um bom falante;
serás o que todos querem ser,
se eu fosse homem queria ser mulher.

Querias um carro ter,
passas o tempo a correr…
Já não vês o sol nascer…
O tempo que passo sem te ver.

O sol parece tão distante…
A luz do sol é importante.
O céu hoje está tão azul…
E o meu novo fato importado de...

Italian Wool (4x)

Mas eu nem quero conquistar o sol;
eu quero é um lugar na empresa que me contratou;
eu quero ser um robot.

Italian Wool...

terça-feira, novembro 27, 2007

EP "História de Um Vinho Azedo" - as letras (1/6)

1 - História de um Vinho Azedo
(Letra e Melodia: João Trigo / Música e Arranjos: Hugo Simões)
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Ai... este vinho que nos faz andar para trás,
branco, tinto ou mesmo verde, tanto faz,
o que importa é que ele afogue o nosso povo
e faça parecer o velho sempre novo.
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Para a sede temos cerveja e tremoços,
temos histórias de uvas podres com caroços
que nos querem fazer crer numa utopia
e sorrir ao ver o sol de um novo dia.
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Temos roupa, temos luz e temos água,
temos um Cristo na cruz e temos mágoa.
Temos uma última ceia para o caminho
e o povo come areia e faz beicinho...
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História de um Vinho Azedo…
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Somos ovos moles e pastéis de nata,
somos caracóis trajados de fato e gravata.
Somos bombeiros de um fogo que em nós arde
e que sempre nos acorda quando é tarde.
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Somos o vinho do Dão e do Douro,
somos a história do Cristão e do Mouro,
somos Cruz de Cristo e o Zé Povinho,
que nos chama nomes feios com carinho.
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Dão-nos terra suja e chamam-lhe ouro,
dão-nos uma enxada p’ra matar o couro,
e as marchas que fazemos nas avenidas
não nos tiram as dores nem nos curam as feridas...
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História de um Vinho Azedo…
.
Temos roupa, temos luz e temos água,
temos um Cristo na cruz e temos mágoa.
Somos bombeiros de um fogo que em nós arde
e que sempre nos acorda quando é tarde.
.
Somos o vinho do Dão e do Douro,
somos a história do Cristão e do Mouro,
somos Cruz de Cristo e o Zé Povinho,
que nos chama nomes feios com carinho.
.
Esta é a História de um Vinho Azedo...

EP História de Um Vinho Azedo - as letras. Brevemente

Hoje lançamos a novel rubrica EP "História de Um Vinho Azedo", a propósito do muito esperado EP que os Baby Jane estão em vias de terminar, mais mês; menos mês.
Num total de seis posts - o número de canções que o EP incluirá -, esta série apresentará antecipadamente as letras das músicas que os Baby Jane têm no mais completo e obscuro segredo - ou nem tanto. Assim sendo, e porque o nosso cavalo é branco, damos luz às palavras na alvorada de um disco que já corre nas veias.
Obedecendo ao alinhamento estruturado e definitivo de "História de Um Vinho Azedo" - título decalcado do nome da primeira canção do EP -, o primeiro dos seis posts numerados da nova série irá conter, como já o estimado leitor depreendeu, a letra de "História de Um Vinho Azedo", da autoria do querido amigo João Trigo. Brevemente.

* Informação também disponível na página MySpace dos Baby Jane *