Acontece com os livros o mesmo que com os homens: Um pequeno grupo desempenha um grande papel (Voltaire)

terça-feira, novembro 27, 2007

EP "História de Um Vinho Azedo" - as letras (1/6)

1 - História de um Vinho Azedo
(Letra e Melodia: João Trigo / Música e Arranjos: Hugo Simões)
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Ai... este vinho que nos faz andar para trás,
branco, tinto ou mesmo verde, tanto faz,
o que importa é que ele afogue o nosso povo
e faça parecer o velho sempre novo.
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Para a sede temos cerveja e tremoços,
temos histórias de uvas podres com caroços
que nos querem fazer crer numa utopia
e sorrir ao ver o sol de um novo dia.
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Temos roupa, temos luz e temos água,
temos um Cristo na cruz e temos mágoa.
Temos uma última ceia para o caminho
e o povo come areia e faz beicinho...
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História de um Vinho Azedo…
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Somos ovos moles e pastéis de nata,
somos caracóis trajados de fato e gravata.
Somos bombeiros de um fogo que em nós arde
e que sempre nos acorda quando é tarde.
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Somos o vinho do Dão e do Douro,
somos a história do Cristão e do Mouro,
somos Cruz de Cristo e o Zé Povinho,
que nos chama nomes feios com carinho.
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Dão-nos terra suja e chamam-lhe ouro,
dão-nos uma enxada p’ra matar o couro,
e as marchas que fazemos nas avenidas
não nos tiram as dores nem nos curam as feridas...
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História de um Vinho Azedo…
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Temos roupa, temos luz e temos água,
temos um Cristo na cruz e temos mágoa.
Somos bombeiros de um fogo que em nós arde
e que sempre nos acorda quando é tarde.
.
Somos o vinho do Dão e do Douro,
somos a história do Cristão e do Mouro,
somos Cruz de Cristo e o Zé Povinho,
que nos chama nomes feios com carinho.
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Esta é a História de um Vinho Azedo...